Estação do BRT Maria Tereza - O exemplo do desperdício do dinheiro público

 

Inaugurada em 2012, na gestão do Ex-Prefeito Eduardo Paes, no bairro de Campo Grande, mais precisamente no encontro da Estrada do Monteiro com a Avenida Cesário de Melo, a estação do BRT Maria Tereza fazia parte do corredor Transoeste do BRT Rio. Foi construída com o objetivo principal de ligar diretamente o bairro de Campo Grande até a Barra da Tijuca (Terminal Alvorada) com um corredor expresso, acabando assim com as cansativas viagens dos moradores e passageiros do bairro com as linhas convencionais. Porém, essa estação nunca foi utilizada e a pista exclusiva onde passariam os ônibus do BRT nunca foi feita. Ela custou aos cofres da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1,5 milhões de reais. Dinheiro que foi pro lixo com a desmontagem da mesma em 2018, já na atual gestão do Prefeito Marcelo Crivella

Inicialmente o projeto do BRT Transoeste visava um trecho no bairro de Campo Grande até a Avenida Dom João VI passando pela Estrada do Monteiro e Estrada do Mato Alto. A Estrada do Mato Alto foi duplicada em 2012 para que, segundo Eduardo Paes, ter a tal ligação ao bairro de Campo Grande. Projeto que nunca saiu do papel. Em 2014, depois de vários problemas envolvendo a construção do corredor, o BRT chega em Campo Grande e com ele a estação Maria Tereza que, na época, como dito acima, ficou destinada de maneira exclusiva para a sonhada linha Campo Grande x Barra da Tijuca (Semi-direto). No mesmo ano, um outro trecho do BRT em Campo Grande foi inaugurado, e mais um que foi um verdadeiro desastre. Trata-se do trecho Campo Grande x Santa Cruz via Avenida Cesário de Melo. E, de todas as estações de BRT construídas em Campo Grande, apenas a Maria Tereza estava fora de operação. O que já mostrava uma falha gigantesca no projeto apresentado pela Prefeitura do Rio.

A estação que custou 1,5 milhões de reais aos cofres públicos nunca sequer foi usada no serviço BRT. Ficou por anos largada e esquecida, sendo casa para moradores de rua e usuários de drogas. Trouxe prejuízos aos moradores da Estrada do Monteiro, problemas aos comerciantes e ao trânsito e o fim da esperança da população em ter a linha que ligasse o bairro até a Barra da Tijuca substituindo assim a linha convencional 854 Campo Grande x Barra da Tijuca que atualmente se encontra encurtada e inoperante. 


Em março de 2018 se iniciou o desmonte da estação Maria Tereza em Campo Grande. O maior exemplo de dinheiro jogado fora, de um projeto mal feito por parte das autoridades cariocas. No local que ficava a estação, atualmente, existe um canteiro central que divide a via. 

Atualmente, como título de comparação, o outro trecho do BRT de Campo Grande, o que passa pela Avenida Cesário de Melo, só tem o Terminal de Campo Grande, além da Estação Santa Eugênia, em Paciência, e as 3 estações antes do Terminal de Santa Cruz, em funcionamento. O resto, assim como a estação Maria Tereza, virou casa para moradores de rua e usuários de droga. Além de ter sofrido com o vandalismo e o furto de equipamentos. Campo Grande atualmente, diferentemente dos anos anteriores, conta com 2 linhas. Ambas semi-diretas, sendo uma até Santa Cruz e a outra até o Terminal Salvador Allende no Recreio dos Bandeirantes.


MATÉRIA: TRANSPORTES DA ZONA OESTE

IMAGENS: COLETADAS DA INTERNET

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