BRT Rio - O Corredor Expresso dos Problemas



Criado para diminuir o tempo de viagem tendo um corredor expresso e único, o BRT no Rio de Janeiro virou, não um Corredor Expresso confortável, mas um Corredor Expresso dos Problemas. Diariamente noticiamos na nossa página do Facebook os problemas nos corredores do BRT desde veículos enguiçados, vandalizados, superlotados, problema nas pistas, além da negligência das autoridades em relação aos casos noticiados.

AS PISTAS DOS CORREDORES BRT

Como um corredor expresso normal, é de se esperar que a pista por onde vai transitar o articulado seja 100% boa e conservada. Mas a realidade é diferente! O desnivelamento e os buracos nas pistas do BRT trazem um desconforto total tanto para o passageiro quanto para o motorista. Devido a esse grave problema nas pistas que muitos articulados acabam sendo danificados pela má conservação das pistas.

Locais como CTEx e Mato Alto, além da buraqueira nas pistas, ainda há o problema das ondulações fazendo com que o articulado pareça que está em um rali. Ao sair da estação, o veículo, devido a grande ondulação, fica totalmente dobrado, correndo um sério risco de dar problema e prejudicar a todos que estão dentro dele.

Na Transcarioca, por exemplo, a mais ou menos 2 dias atrás, uma parte da pista, na altura da Capitão Menezes, afundou e veio a ser interditada. Com isso, os veículos do BRT acabaram tendo que ser desviado para a pista dos veículos convencionais, saindo totalmente da lógica de corredor expresso.

Imagem: Trecho do corredor BRT da Transcarioca interditado a 2 dias atrás pelo afundamento da pista

VANDALISMO E CALOTES

Desde a sua inauguração, o BRT vem sofrendo com os problemas de vandalismo em todos os corredores. Carros danificados por vândalos, janelas depredadas, estações do BRT danificadas e até incendiadas por essas pessoas. Devido a esse grave problema que, na realidade é de responsabilidade da segurança pública, que o Consórcio BRT desativou por completo o corredor Cesário de Melo, reativando-o atualmente apenas com as estações Gastão Rangel, General Olímpio e Cajueiro abertas, antes de chegar no Terminal Santa Cruz.

Imagem: BRT da Transportes Futuro, Nº E30520C, com a porta danificada no dia 31 de Dezembro de 2019


E se não bastasse casos de BRTs vandalizados, ainda tem banheiro vandalizado. Um caso ocorrido essa semana no Terminal Jardim Oceânico onde algum passageiro entrou no banheiro do terminal e quebrou a parede que divide os espaços no banheiro totalmente sem motivo e necessidade.


E para piorar o que já está ruim, ainda há os problemas relacionados aos calotes dados por parte dos passageiros que utilizam o transporte. Não é exagero, mas todas as estações do BRT no Rio de Janeiro tem calote. A prefeitura até tentou inibir mas é quase impossível. Colocaram a Guarda Municipal, não adiantou! Fizeram uns muros de concreto, diminuiu mas também não adiantou! Com informações passadas pelo próprio Consórcio BRT, tem estações no corredor Cesário de Melo (atualmente fechadas) que a média de pagantes era praticamente 0, ou seja, ninguém ali pagava passagem.

FALTA DE MANUTENÇÃO DOS VEÍCULOS

Uma das principais reclamações dos passageiros que utilizam o corredor BRT é a falta de manutenção dos veículos que prestam serviços ao consórcio. O não funcionamento do ar-condicionado é o foco das reclamações dos usuários que, em casos extremos, devido ao calor, acabam passando mal e solicitando atendimento médico. Em mais ou menos 3 dias a nossa página no Facebook ( https://www.facebook.com/transportesdazonaoeste/ ) noticiou problemas em quase 10 veículos articulados do BRT. Em uma das postagens, um vídeo mostra o BRT de número E86861D, da Auto Viação Jabour, com o motor estourado e vazando todo o óleo e o combustível na pista, ao lado da estação do BRT CTEx. Detalhe: Ele já havia dado problema um dia antes.

Video postado pela nossa página na quarta feira


O Consórcio BRT, ao ser questionado em relação a esses problemas, culpa a má condição das pistas, e não deixam de estar certos. Entretanto, se houvesse uma fiscalização realmente concreta relacionada a manutenção dos veículos, independentemente dos problemas das pistas que é de responsabilidade única da Prefeitura na Secretaria de Infraestrutura/Conservação, acredita-se que esses problemas com portas, ar-condicionados, entre outros, não seriam tão constantes. Porém, também não se pode esconder que alguns problemas apresentados pelos veículos são sim causados pela má condição das pistas. Exemplo claro, o BRT da Viação Normandy do Triângulo, que ficou com eixo traseiro direcional quebrado, pois, quebrou o cilindro do eixo dele. Isso por volta das 21 hrs de terça feira no Jardim Oceânico.



SUPERLOTAÇÃO E POUCOS VEÍCULOS NAS LINHAS

Superlotações são outro problema que os usuários do BRT reclamam. Todo dia os passageiros são obrigados a utilizar veículos superlotados, sem nenhum respeito por parte do consórcio e sem nenhuma esperança de melhora. A pouca quantidade de veículos prestando serviços também é muito pouca e justifica esse problema. Além disso, a pouca quantidade de linhas, fazendo com que o passageiro dependa desse único meio de transporte facilita a criação de tantos problemas mencionados na matéria. 

Infelizmente, nem a Secretaria Municipal de Transportes do Rio de Janeiro, nem o Prefeito Marcelo Crivella e pouco menos o Consórcio BRT se atentam de maneira correta em relação a todos esses problemas. Tem de ter fiscalização, cobrar a manutenção por parte das empresas que fazem parte do consórcio, ter secretário que realmente entenda do assunto. Mas o que vemos é o contrário. É só jogada política.

Comentários

  1. Amigos, façam uma pequena correção no trecho que citam a estação Capitão Menezes. Pois ela pertence ao corredor Transcarioca e não Transolimpica.

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